Deixa...
Deixa tudo assim...
a garrafa virada na mesa
e o copo vazio de cerveja
Deixa...apenas deixe...
o silêncio tomar toda a sala
até que o galo cante invadindo a madrugada
Deixa...apenas deixe...
Um maço vazio de cigarros...
e a janela aberta para o som da rua
que um dia nos desperta
Deixe-nos nu
sem coberta e sem hora
sem a pressa do “vambora”
Apenas deixe minha pele nua colada na tua
aquela que aquece e umedece
Deixa... apenas deixe...
Um pouco de tudo
já se fora o orgulho e o pudor
não quero mais lamúrias de amor
Deixa tudo pra lá...
o pra quê do início de tudo
se queremos o meio sem chegar ao fim
Vamos...apenas deixe
sem pensar no começo e recomeço
Deixa...apenas deixe...
tudo sem rumo e sem resumo
calcado pela nossa vontade do avesso.
Patricio Junior
25.08.12